Recentemente recebemos consultas de ex-alunos que durante o passeio ou ainda no cais da marina foram fiscalizados pela Marinha e, como não possuiam a Licença da Anatel para seus rádios VHF (fixos ou portáteis) não puderam prosseguir com o passeio ou foram simplesmente impedidos de deixar o cais !

Esta é a típica situação bastante recomendada por nós da Navegart em nossas aulas no que se trata do conhecimento da legislação ou saber onde procurar determinado assunto. Devemos "baixar" em nosso celular uma cópia em PDF da versão mais atualizada da NORMAM 03 e eventualmente portarias importantes.

Caso você tenha sido um aluno previdente certamente já fez isso e, caso se encontrasse nesta situação, rapidamente teria consultado na NORMAM 03 o item 0710 - RETIRADA DE TRÁFEGO OU IMPEDIMENTO DE SAÍDA DE EMBARCAÇÃO, quase no final da publicação e poderia verificar em quais situações seu passeio poderia ser interrompido ou nem ter começado. Como está claro na norma, não possuir a Licença não faz parte deste tipo de impedimento; íntegra no final deste texto. Por óbvio que não possuir a Licença, não desobriga o navegante a possuir o equipamento de comunicação, caso a legislação assim o exija, estando o mesmo em bom estado e funcionando.

Todo rádio VHF, fixo ou portátil, deve possuir a Licença que, apesar de não ser impeditiva para o prosseguimento da singradura (lembram ?), sua falta pode acarretar em multa e burocracia para solução do problema.

Alem de nossa CHA e o TIE da embarcação, acrescente a Licença da ANATEL em sua lista de documentos a serem embarcados.

Boa navegada ! 

0710 - RETIRADA DE TRÁFEGO OU IMPEDIMENTO DE SAÍDA DE EMBARCAÇÃO

A retirada de tráfego é uma ação aplicada, normalmente, às embarcações nacionais e é consolidada por meio de Portaria do Capitão dos Portos ou é decorrente de Acórdão do Tribunal Marítimo.

O impedimento da saída da embarcação é normalmente consolidado pela retenção do seu passe de saída ou por detenção decorrente de discrepância apontada em inspeção naval ou para oitivas de inquéritos.

A embarcação terá sua saída impedida ou será retirada de tráfego pelo tempo necessário para sanar as irregularidades, sem prejuízo das penalidades previstas, quando flagrada nas seguintes situações:

a) condutor não habilitado;

b) com excesso de lotação;

c) condutor sem habilitação específica para a área em que está navegando;

d) falta de extintores de incêndio ou extintores fora do prazo de validade;

e) falta de coletes salva-vidas suficientes para todos a bordo no momento da inspeção;

f) falta de equipamento ou equipamento de comunicações rádio obrigatório avariado;

g) poluindo o ambiente, seja com óleo, combustível ou detritos lançados à água;

h) com excesso de óleo nos porões; e

i) com falta das embarcações de sobrevivência/balsas salva-vidas ou com o prazo de

validade de revisão vencido.

O enquadramento nas situações descritas levará em conta o tipo de embarcação, a área

em que está navegando e os equipamentos ou dispositivos constantes da sua dotação.

 

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Devemos ter obrigatoriamente  a bordo um rário VHF ?

A resposta é DEPENDE. Consultando a versão da NORMAM 03 mais atualizada, na seção 0435 - EMBARCAÇÕES QUANDO EM NAVEGAÇÃO INTERIOR, encontramos a informação de que quando em navegação interior (área I e II), o VHF é RECOMENDADO !

Já na navegação costeira e oceânica o equipamento se torna obrigatório.

Será que é simples assim? Nunca é em se tratando de nossa legislação marítima. Além do navegador amador ter o dever de conhecer a NORMAM 03, ainda existe outra publicação que são as NPCP - Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos.

Através das NPCP, o representante da Autoridade Marítima local (Capitão dos Portos, Delegado ou Agente) estipula normas, além das existentes na NORMAM 03, de acordo com as peculiaridades locais. Desta forma, ao consultar a NPCP da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro encontramos:

"...Área 2 - Delimitada pela Ponta de Itacoatiara, Ilha Rasa, Ilha Redonda, Filhote, Lajes das Ilhas Tijuca e Cabo da Gávea e 2000 metros da Boca da lagoa da Tijuca.

I) O tráfego de embarcações classificadas para interior, com propulsão à vela e/ou motor, de comprimento superior a cinco metros e munidas de VHF..."

Ou seja, basta sair da área I que o VHF se torna obrigatório, neste caso no Rio de Janeiro, para navegação na área II.

De qualquer forma, em nome da segurança, o VHF é um excelente investimento em qualquer situação.

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Domingo, 08 Março 2015 21:00

Novos limites para o Motonauta no Rio !

 Uma portaria da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro emitida em dezembro/19 e sem muita divulgação, aumenta considerávelmente a área de navegação de motoaquáticas na jurisdição do Rio.

Antes restrita até o quebra-mar na Barra da Tijuca, o novo corredor permite a navegação até Barra de Guaratiba. Na prática e agora regulamentado, o motonauta poderá ir da Ilha do Governador até Paraty ou apenas almoçar em Pedra de Guaratiba.

Outra importante mudança porém sutíl foi a redução da área de navegação interior II. O limite leste agora é até a Ponta de Itaipú.

Port143 2019 CPRJ NPCP 1 Corredor Jet

 


Port143 2019 CPRJ NPCP Area2

 

 

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Jan.2022

Atenção ! Nova delimitação para áreas de navegação interior em Angra e Baía de Sepetiba. 

Embarcações miúdas com restrições de navegação !

Em dezembro de 2021 e com pouquíssima divulgação, a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro estabeleceu Áreas de Navegação Interior I e II nas Baías da Ilha Grande e Sepetiba. Antes desta nova regulamentação não havia a distinção entre Área I e II dentro do limite da navegação interior nestas regiões.

Atenção devem ter principalmente as embarcações não classificadas para área II. Neste caso estão incluídas as embarcação miúdas e outras que possuam alguma limitação no campo "observações" de seus respectivos TIE's. Proprietários de barcos registrados em Itacuruçá e Angra dos Reis quem não tinham esta preocupação devem estar atentos.

Já não foi sem tempo pois embarcações miúdas se aventuravam em locais para os quais não possuiam condições mínimas de segurança colocando em risco a vida de seus passageiros, particularmente de turistas desavisados.

 Saiba mais em https://www.marinha.mil.br/cprj/npcp

 

 Portaria 128 4     

  Portaria 128 7

 

 



 

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A compra de um barco normalmente é um momento de realização de um sonho. É bastante comum que nos preocupemos com o tamanho do barco, o ano, estado do motor e aparência geral. Após checados todos estes ítens fazemos o cheque e, quase sempre, não damos atenção a uma etapa importantíssima do processo de compra que é a DOCUMENTAÇÃO.

Para que o sonho não se torne um pesadelo logo de início, a assessoria de uma empresa qualificada é de suma importância para que não sejamos surpreendidos com dificuldades que gerem aborrecimentos.

A burocracia ainda é grande e nem sempre os procedimentos estão descritos na legislação, fazendo com que idas e vindas aos respectivos órgãos de registro ocorram além de um grande desperdício de tempo.

Infelizmente recebemos semanalmente consultas de pessoas que compraram lanchas e jets que solicitam orçamento para o serviço de transferência de propriedade e são surpreendidas com pendências documentais que o antigo proprietário deveria ter resolvido e não o fez. Algumas são insanáveis e causadoras de grande stress entre comprador e vendedor, outras dependem de documentos adicionais ou procedimentos que irão onerar a transferência.

Esta etapa que é deixada por último no processo de compra deveria ser no mínimo intermediária !

Se você não tem tempo de estudar a legislação e também para cuidar dos trâmites burocráticos, não economize alguns reais. Sua tranquilidade faz parte do investimento em seu sonho.

Consulte: www.despachantenautico.eco.br  ou (21)999.432.777

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Sobre nós


Somos profissionais apaixonados pelo mar e o tornamos nosso ambiente de “trabalho”. Temos por ele enorme respeito e profunda consciência da necessidade de sua preservação.

Compartilhamos o propósito de levar nossa experiência de décadas dedicadas às atividades marinheiras, seja em navios da Marinha do Brasil, em navios mercantes ou ainda em barcos de lazer, com aqueles que desejam iniciar ou aperfeiçoar suas habilidades náuticas, com segurança, nesta que é uma das mais antigas artes da humanidade, a Arte de Navegar !

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